10 de Junho de 2022 às 12:55
As equipes da Politec e Instituto de Medicina Legal foram acionadas e realizaram as perícias no local e encaminharam os restos mortais para exames periciais.

O corpo de um homem que estava desaparecido em Cuiabá, há mais de três semanas, foi identificado por meio de exame necropapiloscópico como Max Alexsandre Dantas Simão, 37 anos.
Na terça-feira (07), as equipes da DHPP e do Núcleo de Pessoas Desaparecidos estavam em diligências na Ponte de Ferro com um cão farejador dos bombeiros em buscas pelo crânio de outra ossada encontrada na semana anterior na mesma região, quando foram avisadas por pessoa que passava pela área de que dentro da mata, a quase 8 quilômetros de onde estavam, exalava um cheiro muito forte de um local onde parecia ter uma ossada humana.
Os policiais civis e os bombeiros seguiram até o local indicado e localizaram já no início da noite o corpo em estado avançado de decomposição, escondido debaixo de alguns galhos.
As equipes da Criminalística e de Medicina Legal da Politec foram acionadas e realizaram as perícias no local e encaminharam os restos mortais para exames periciais.
Conforme a papiloscopista Simone Delgado, na análise preliminar verificou-se que o corpo da vítima encontrava-se em processo de esqueletização com membros superiores mumificados, fenômeno cadavérico que possibilitou a conservação tecidual de um dos dedos das mãos. Após a dissecação da peça e processo laboratorial de maceração química, após 48 horas, obteve-se a condição técnica necessária para a coleta da impressão digital.
Com os dados coletados no local e as informações que o Núcleo de Pessoas Desaparecidas reuniu, havia a suspeita de que o corpo pudesse ser de Max Alexandre, que desapareceu no mês passado.
“Com base em um cartão em nome de Max Alexsandre Dantas Simão, localizado pela Perícia Técnica no local do encontro dos restos mortais. Após confirmação pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas, da Polícia Judiciária Civil, de que havia um registro de pessoa desaparecida com esse nome, buscou-se na base de dados do Órgão Oficial de Identificação Civil do Estado, o prontuário civil da provável vítima como material de referência para o confronto necropapiloscópico com resultado positivo”, acrescentou a papiloscopista Simone.
Familiares da vítima registraram um boletim de ocorrência no dia 04 de junho na 1ª Delegacia de Polícia de Cuiabá informando que ele estava desaparecido há mais de três semanas depois que veio para a Capital morar com seu pai. Ele era usuário de entorpecentes e, desde então, não foi mais visto. O estado de decomposição do corpo ainda não permitiu identificar como a vítima foi morta.
“Sabe-se que a confirmação da identidade da vítima é muito importante para dar um norte à investigação criminal, porém, não há como deixar de destacar a relevância do caráter social e humanitário do exame de necropapiloscopia forense realizado pelos Papiloscopistas da Politec, pois, a identificação pode, de certa forma, cicatrizar a ferida aberta de familiares que convivem com a dor diária do desaparecimento”, completou.
*Com informações da Polícia Civil de Mato Grosso