05 de Maio de 2011 às 00:00
Governo do Estado inicia os trabalhos para o enfrentamento das drogas em MT
O enfrentamento ao uso e tráfico de drogas em Mato Grosso para alcançar os resultados esperados deve ser uma ação conjunta e orquestrada entre os governos, instituições e a sociedade civil. Essa foi a tônica dos pronunciamentos realizados na cerimônia de abertura dos Fóruns Regionais, ocorrido no município de Poconé, na noite de quarta-feira (04.05), com a participação de autoridades do Estado, dos municípios que compõe a Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá e instituições ligadas ao tema.
O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa, lembrou que a criação de políticas públicas para a problemática das drogas é uma das prioridades da administração estadual e um compromisso firmado com a população de Mato Grosso. “Nesse sentido, estamos aqui para colocar em prática esse compromisso. Os 15 Fóruns Regionais nortearão as ações do primeiro Plano Estadual sobre Drogas (Pead), a ser finalizado no Fórum Estadual, em dezembro, em Cuiabá” pontuou.
O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa, lembrou que a criação de políticas públicas para a problemática das drogas é uma das prioridades da administração estadual e um compromisso firmado com a população de Mato Grosso. “Nesse sentido, estamos aqui para colocar em prática esse compromisso. Os 15 Fóruns Regionais nortearão as ações do primeiro Plano Estadual sobre Drogas (Pead), a ser finalizado no Fórum Estadual, em dezembro, em Cuiabá” pontuou.
Paulo Lessa explicou que esse trabalho é realizado pela Secretária de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp/MT), junto à Coordenadoria Estadual de Políticas sobre Drogas (Coad), órgão executor do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (Conen/MT). Ele ressaltou que os Fóruns visam entre outros objetivos, a sensibilização da sociedade para a gravidade do assunto e a necessidade de ações conjuntas.
De acordo com o secretário, neste enfrentamento, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, por meio do Conem/MT cuida da prevenção, tratamento e recuperação do dependente químico. Já a Segurança Pública, que lidera o pacto contra as drogas no Estado, cuida da repressão ao tráfico de drogas. “Ações com outras secretarias de Estado também estão em andamento com a finalidade de acelerar o processo e alcançar o objetivo de reduzir a violência em Mato Grosso”.
Chamando a atenção para a gravidade do problema, o secretário ressaltou que a localização geográfica do Estado facilita o comércio e o tráfico de drogas e que os dados mostram que apenas 1 % dos dependentes químicos conseguem se livrar do vício. Na avaliação de Paulo Lessa, esse resultado é ínfimo diante do esperado e do que é investido em ações de prevenção e repressão às drogas. Diante do quadro, reforçou a importância da conscientização e do envolvimento da sociedade na construção de políticas públicas para esse enfrentamento e revelou que o Estado, não tem condição de lutar sozinho, contra esse mal que assola o mundo atualmente.
Prestigiando o evento, o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, afirmou que tão importante quanto repressão, a prevenção ao uso e tráfico de drogas é fundamental nesse processo. E neste sentido, convocou a participação dos municípios ao pacto do enfrentamento as drogas. “Essa política não pode ser localizada na Capital, porque as drogas estão presentes em todos os municípios de Mato Grosso”, desabafou o secretário.
Defendendo o trabalho conjunto, Diógenes Curado Filho disse que esse é um problema de toda a sociedade, cuja solução passa obrigatoriamente pela sensibilização e envolvimento de todos, principalmente das famílias e das escolas, que precisam ter maior inserção nesse processo. “Os Fórum Regionais vieram para isso, para trabalharmos em conjunto com a sociedade, com as autoridades municipais, com o Poder Judiciário, o Ministério Público e demais instituições envolvidas nessa questão”, explicou o secretário.
De acordo com o secretário, neste enfrentamento, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, por meio do Conem/MT cuida da prevenção, tratamento e recuperação do dependente químico. Já a Segurança Pública, que lidera o pacto contra as drogas no Estado, cuida da repressão ao tráfico de drogas. “Ações com outras secretarias de Estado também estão em andamento com a finalidade de acelerar o processo e alcançar o objetivo de reduzir a violência em Mato Grosso”.
Chamando a atenção para a gravidade do problema, o secretário ressaltou que a localização geográfica do Estado facilita o comércio e o tráfico de drogas e que os dados mostram que apenas 1 % dos dependentes químicos conseguem se livrar do vício. Na avaliação de Paulo Lessa, esse resultado é ínfimo diante do esperado e do que é investido em ações de prevenção e repressão às drogas. Diante do quadro, reforçou a importância da conscientização e do envolvimento da sociedade na construção de políticas públicas para esse enfrentamento e revelou que o Estado, não tem condição de lutar sozinho, contra esse mal que assola o mundo atualmente.
Prestigiando o evento, o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, afirmou que tão importante quanto repressão, a prevenção ao uso e tráfico de drogas é fundamental nesse processo. E neste sentido, convocou a participação dos municípios ao pacto do enfrentamento as drogas. “Essa política não pode ser localizada na Capital, porque as drogas estão presentes em todos os municípios de Mato Grosso”, desabafou o secretário.
Defendendo o trabalho conjunto, Diógenes Curado Filho disse que esse é um problema de toda a sociedade, cuja solução passa obrigatoriamente pela sensibilização e envolvimento de todos, principalmente das famílias e das escolas, que precisam ter maior inserção nesse processo. “Os Fórum Regionais vieram para isso, para trabalharmos em conjunto com a sociedade, com as autoridades municipais, com o Poder Judiciário, o Ministério Público e demais instituições envolvidas nessa questão”, explicou o secretário.
INÍCIO DOS TRABALHOS
Encerrada a cerimônia de abertura, os trabalhos do Primeiro Fórum Regional foram iniciados com a palestra “O Poder Judiciário no Enfrentamento às Drogas”, ministrada pelo juiz Mário Roberto Kono de Oliveira, um dos magistrados pioneiros nessa temática em Mato Grosso. Em sua explanação, o juiz abordou a aplicação da Justiça Terapêutica, implantada por ele no Juizado Especial Criminal Unificado da Capital. Conforme o magistrado, a metodologia se assegura na troca da pena e do castigo, pelo tratamento do vício. “O dependente químico é um doente, por isso é preciso trabalhar a saúde para resolver o problema da Justiça”, explicou.
O juiz parabenizou os secretários Paulo Lessa e Diógenes Curado, e a presidente do Conem MT, Ana Elisa Limeira, por empreenderem uma luta tão necessária. Entre suas considerações, afirmou que a sociedade precisa reduzir a demanda das drogas, porque a oferta é grande e mais complexa para ser solucionada. O magistrado pontuou que os dependentes químicos são filhos da sociedade e por isso a questão precisa do envolvimento de todos.
Outra revelação na área da saúde, refere-se ao aumento dos casos de esquizofrenia. Segundo o juiz, pesquisas apontam o uso de drogas pesadas como um dos fatores responsáveis pela morte dos neurônios e conseqüente ingresso do dependente químico nos quadros da doença, caracterizada principalmente pelo complexo de perseguição. “O número de casos de esquizofrenia aumenta de maneira preocupante em função do aumento do consumo dessas substâncias”, disse.
Sobre a generalização do uso de drogas, Mário Roberto Kono de Oliveira observou que essa prática está presente em todas as faixas etárias “Antes, o jovem de até 25 anos era o principal consumidor das drogas ilícitas e, entre os acima de 30, predominava o uso de álcool”. “Hoje não existe mais essa diferença e até idosos já ingressaram no vício das drogas”. Sobre o tipo de droga mais consumida em Mato Grosso, o magistrado afirma ser a pasta base de cocaína, pela facilidade da oferta.
A realização do Fórum Regional em Poconé prossegue até sexta-feira (06.05), no Sesc CAP, com atividades nos períodos da manhã e tarde. Consta da programação ao final do evento, a elaboração de relatório sobre os problemas mapeados e ainda a escolha dos representantes do região do Vale do Rio Cuiabá para participação no Fórum Estadual a ser realizado em dezembro na capital mato-grossense.
Encerrada a cerimônia de abertura, os trabalhos do Primeiro Fórum Regional foram iniciados com a palestra “O Poder Judiciário no Enfrentamento às Drogas”, ministrada pelo juiz Mário Roberto Kono de Oliveira, um dos magistrados pioneiros nessa temática em Mato Grosso. Em sua explanação, o juiz abordou a aplicação da Justiça Terapêutica, implantada por ele no Juizado Especial Criminal Unificado da Capital. Conforme o magistrado, a metodologia se assegura na troca da pena e do castigo, pelo tratamento do vício. “O dependente químico é um doente, por isso é preciso trabalhar a saúde para resolver o problema da Justiça”, explicou.
O juiz parabenizou os secretários Paulo Lessa e Diógenes Curado, e a presidente do Conem MT, Ana Elisa Limeira, por empreenderem uma luta tão necessária. Entre suas considerações, afirmou que a sociedade precisa reduzir a demanda das drogas, porque a oferta é grande e mais complexa para ser solucionada. O magistrado pontuou que os dependentes químicos são filhos da sociedade e por isso a questão precisa do envolvimento de todos.
Outra revelação na área da saúde, refere-se ao aumento dos casos de esquizofrenia. Segundo o juiz, pesquisas apontam o uso de drogas pesadas como um dos fatores responsáveis pela morte dos neurônios e conseqüente ingresso do dependente químico nos quadros da doença, caracterizada principalmente pelo complexo de perseguição. “O número de casos de esquizofrenia aumenta de maneira preocupante em função do aumento do consumo dessas substâncias”, disse.
Sobre a generalização do uso de drogas, Mário Roberto Kono de Oliveira observou que essa prática está presente em todas as faixas etárias “Antes, o jovem de até 25 anos era o principal consumidor das drogas ilícitas e, entre os acima de 30, predominava o uso de álcool”. “Hoje não existe mais essa diferença e até idosos já ingressaram no vício das drogas”. Sobre o tipo de droga mais consumida em Mato Grosso, o magistrado afirma ser a pasta base de cocaína, pela facilidade da oferta.
A realização do Fórum Regional em Poconé prossegue até sexta-feira (06.05), no Sesc CAP, com atividades nos períodos da manhã e tarde. Consta da programação ao final do evento, a elaboração de relatório sobre os problemas mapeados e ainda a escolha dos representantes do região do Vale do Rio Cuiabá para participação no Fórum Estadual a ser realizado em dezembro na capital mato-grossense.